quinta-feira, 28 de março de 2024

ENERGIA SOLAR - FONTE ENERGÉTICA ABUNDANTE


No decorrer da década de 70, o mundo adquiriu profunda consciência de uma escassez global de combustíveis fósseis e, com o inevitável declínio dessas fontes convencionais de energia à vista, os principais países industrializados empreenderam uma rigorosa campanha a favor da energia nuclear como fonte energética alternativa. O debate sobre como solucionar a crise energética concentra-se usualmente nos custos e riscos da energia nuclear, em comparação com a produção de energia proveniente do petróleo, do carvão e do óleo xistoso. Os argumentos usados por economistas do governo e das grandes companhias, bem como por outros representantes da indústria energética, são fortemente tendenciosos sob dois aspectos. A energia solar — a única fonte energética que é abundante, renovável, estável no preço e ambientalmente benigna — é considerada por eles "antieconômica" ou "ainda inviável", apesar de consideráveis provas em contrário; e a necessidade de mais energia é pressuposta de maneira indiscutível.
Qualquer exame realista da "crise energética" tem que partir de uma perspectiva muito mais ampla do que essa, uma perspectiva que leve em conta as raízes da atual escassez de energia e suas ligações com os outros problemas críticos com que hoje nos defrontamos. Tal perspectiva torna evidente algo que, à primeira vista, poderá parecer paradoxal: para superar a crise energética, não precisamos de mais energia, mas de menos. Nossas crescentes necessidades energéticas refletem a expansão geral dos nossos sistemas econômico e tecnológico; elas são causadas pelos padrões de crescimento não-diferenciado que exaurem nossos recursos naturais e contribuem, de modo significativo, para nossos múltiplos sintomas de doença individual e social. Portanto, a energia é um parâmetro significativo de equilíbrio social e ecológico. Em nosso estágio atual de grande desequilíbrio, contar com mais energia não resolveria os nossos problemas, mas só iria agravá-los. Não só aceleraria o esgotamento de nossos minerais e metais, florestas e peixes, mas significaria também mais poluição, mais envenenamento químico, mais injustiça social, câncer e crimes. Para fazer frente a essa crise multifacetada não necessitamos de mais energia, mas de uma profunda mudança de valores, atitudes e estilo de vida.
Uma vez percebidos esses fatos básicos, torna-se evidente que o uso de energia nuclear como fonte energética é absoluta loucura. Ultrapassa o impacto ecológico da produção de energia em grande escala a partir do carvão, impacto esse que já é devastador, em vários graus, e ameaça envenenar não apenas nosso meio ambiente natural por milhares de anos, mas até mesmo extinguir toda a espécie humana. A energia nuclear representa o caso mais extremo de uma tecnologia que tomou o freio nos dentes, impulsionada por uma obsessão pela auto-afirmação e pelo controle que já atingiu níveis patológicos.
Ao descrever a energia nuclear em tais termos, refiro-me a armas nucleares e a reatores nucleares. Esses dois fatores não podem ser considerados separadamente; esta é uma propriedade intrínseca da tecnologia nuclear. O próprio termo nuclear power tem dois significados vinculados. Power, além do significado técnico de "fonte de energia", possui também o sentido mais geral de "posse de controle ou influência sobre outros".
Assim, no caso do nuclear power (energia nuclear e poder nuclear), esses dois significados estão inseparavelmente ligados, e ambos representam hoje a maior ameaça à nossa sobrevivência e ao nosso bem-estar.
Por Fritjjof Capra 1982
Fonte O Ponto de Mutação

BIOENERGIA: APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA DE FORMA SUSTENTÁVEL


Os impactos das atividades humanas sobre o meio ambiente se intensificaram a partir da revolução industrial do século XVIII, e especialmente durante o século XX. A energia elétrica se tornou um dos bens de consumo fundamentais para as sociedades atuais, dependemos dela para a nossa produção industrial, sistemas de transportes, de segurança, de saúde, de educação, conforto, o comércio, a agricultura e outros fatores associados à qualidade de vida.
Em nosso planeta encontramos diversos tipos de fontes de energia, sendo que, algumas são renováveis e outras esgotáveis. O petróleo é a principal fonte de energia do planeta, seguido pelo carvão mineral e pelo gás natural e sua formação se deu em um lento processo geológico de produção, podendo acabar caso não haja um consumo racional. Por outro lado, o ritmo de consumo vem se acelerando com o aumento da população e o consumismo desenfreado, principalmente das nações dos países desenvolvidos, assim, têm provocados inúmeros problemas ambientais, poluição, mudanças climáticas, aquecimento global, por causa da intensificação do efeito estufa, destruição da fauna e flora, cuja solução é um desafio atualmente.
A formação da base energética do Brasil sempre esteve ligada às condições econômicas e disponibilidade de exploração dos recursos naturais. O emprego das fontes não renováveis, como o petróleo, o gás natural, o carvão mineral e o urânio, têm causado grandes danos ambientais, locais e globais, e estas reservas estão diminuindo a cada ano, possuem uma capacidade limitada. Diante disso, às fontes de energia renováveis, como a hidráulica, a solar, eólica, geotérmica, biomassa (bagaço de cana de açúcar, lenha, carvão vegetal, os resíduos vegetais, agrícolas e os resíduos sólidos) são consideradas as formas de geração de energia mais limpas, que contribui para o meio ambiente.
Cabe destacar que, nenhuma forma de energia é totalmente limpa e implicam danos ambientais. Assim, fazer economia de energia e o uso de forma sustentável, independentemente de sua fonte, irá beneficiar o homem e a natureza.
O setor elétrico no Brasil de base predominantemente hidráulica (movimento das águas) se deu devido às características físicas e geográficas do nosso território, amplamente aproveitado para a construção de usinas hidrelétricas, rios com grandes extensões, caudalosos, e correndo sobre planaltos e depressões, sendo estas projetadas como forte impulso rumo à industrialização e desenvolvimento do país. Atualmente, o Brasil possui um dos maiores parques hidrelétrico do mundo, atrás somente da China e Rússia, responsável pela produção de mais de 90% da energia consumida internamente. O Brasil é um pais privilegiado em recursos hídricos, mas é um recurso cada vez mais escasso e pode ser um bem controlado, a energia através de resíduos sólidos pode se tornar importante no futuro, porque a geração de lixo tem aumentado muito e precisamos de uma destinação final de forma adequada e sustentável.
O desafio que se coloca na atualidade é o gerenciamento integrado dos resíduos sólidos urbanos, relacionando as etapas de geração, acondicionamento, coleta, transportes, reaproveitamento e destinação final, integrando fatores de reciclagem de materiais e a geração de energia elétrica a partir dos RSU.
Assim, podemos contribuir para a qualidade de vida da população e evitar uma série de impactos ambientais, sociais e econômicos. Ambientais: contaminação da água pelo chorume, do solo pelas condições favoráveis ao desenvolvimento de fungos e bactérias, poluição do ar pelas emissões de gases e mau cheiro dentre outros. Aspecto social: a população de baixa renda buscam uma forma de sustento por meio da captação e comercialização de materiais recicláveis, má qualidade de vida dos catadores e exposição a doenças, ferimentos pela manipulação dos resíduos. Quanto ao aspectos econômicos: altos investimentos para a recuperação de áreas degradadas e mananciais, altos investimentos para a implantação de aterros sanitários e operação, cuja vida útil se esgotam rapidamente e elevados gastos com tratamento com saúde causada pela disposição inadequada do lixo.
No Brasil nos últimos anos devido as dificuldades de se obter licenciamento ambiental para as grandes obras de hidrelétricas, as mudanças climáticas e o valor da eletricidade, são fatores que favorecem a implatação da geração de energia elétrica a partir dos RSU, porque a geração próxima ao ponto de consumo, evita gastos com linhas de transmissão e gera crédito de carbono (protocolo de Kyoto). 
A produção de energia elétrica a partir dos RSU pode ocorrer em vários processos, como a queima do biogás recuperados dos depósitos de lixo, a incineração, a gaseificação e a digestão anaeróbica acelerada, são métodos importantes para evitar a emissão de gás metano (gás altamente prejudical a camada de ozônio) dos depósitos de lixo, prolongado a vida útil dos aterros sanitários, proporcionando ganhos ambientais e socioeconômicos. 
Nesse sentido, para ocorrer a geração de energia elétrica a partir dos RSU depende de um gerenciamento integrado, tarefa que demanda esforços articulados dentro da política brasileira e assim atender diversos interesses, “privado, público, social, de segurança para o sistema de fornecimento de energia elétrica, redução de custo do fornecimento, geração de empregos, reputação política, e outros”.
Portanto, com o aumento da concentração atmosférica de gases que provoca o efeito estufa, tem demandado novas políticas, tanto no setor público e privado para maiores investimentos em energia renováveis a médio e longo prazo, como forma de minimizar os impactos ambientais do lixo. Assim a implementação de novas alternativas de produção e aproveitamento de RSU para a geração de energia elétrica depende do gerenciamento integrado, entre poder público, privado e toda a sociedade, afim de assegurar a saúde da população, diminuir os impactos negativos associados ao manejo inadequado dos RSU. Trata-se de um desafio reduzir as pressões sobre o meio ambiente e atender as necessidades da humanidade por meio da implementação de padrões de consumo sustentável.

Fonte Remade Notícias 

ASSISTÊNCIA HOLÍSTICA AO TRATAMENTO DO CÂNCER

O novo modo de tratamento do câncer é uma terapia de assistência holística à saúde por excelência

“O câncer é um fenômeno típico, uma doença característica de nosso tempo. O desequilíbrio e a fragmentação que impregnam nossa cultura desempenham um papel importante no desenvolvimento do câncer, impedindo ao mesmo tempo que os pesquisadores médicos e os clínicos compreendam a doença ou a tratem com êxito.
A imagem popular do câncer foi condicionada pela visão fragmentada do mundo em nossa cultura, pela abordagem reducionista da nossa ciência e pelo exercício da medicina orientado para o uso maciço de tecnologia. O câncer é visto como um forte e poderoso invasor que ataca o corpo a partir de fora. Parece não haver esperança de controlá-lo, e para a grande maioria das pessoas câncer é sinônimo de morte. O tratamento médico — radiação, quimioterapia, cirurgia ou uma combinação dessas técnicas — é drástico, negativo e danifica ainda mais o corpo. Os médicos estão cada vez mais propensos a ver o câncer como um distúrbio sistêmico, uma doença que, no início, é localizada, mas que tem a faculdade de se propagar e realmente envolve o corpo inteiro, e em que o tumor original é apenas a ponta do iceberg. Os pacientes, entretanto, insistem freqüentemente em considerar seu próprio câncer um problema localizado, especialmente durante sua fase inicial. Vêem o tumor como um objeto estranho e querem livrar-se dele o mais rapidamente possível e esquecer todo o episódio. A maioria dos pacientes está tão completamente condicionada em suas idéias, que se recusa a considerar o contexto mais amplo de sua enfermidade, sem perceber a interdependência de seus aspectos psicológicos e físicos. Para muitos pacientes cancerosos, seu corpo tornou-se um inimigo em quem não podem confiar e do qual se sentem inteiramente divorciados.
Um dos principais objetivos na abordagem Simonton é inverter a imagem popular do câncer, que não corresponde às conclusões da pesquisa atual. A moderna biologia celular mostrou que as células cancerosas não são fortes e potentes, mas, pelo contrário, fracas e confusas. Elas não invadem, atacam ou destroem, mas, simplesmente, se super-reproduzem. Um câncer principia com uma célula que contém informação genética incorreta, porque foi danificada por substâncias nocivas ou outras influências ambientais, ou simplesmente porque o organismo produziu ocasionalmente uma célula imperfeita. A informação defeituosa impede a célula de funcionar normalmente; e se essa célula reproduz outras com a mesma constituição genética incorreta, o resultado é um tumor composto de uma massa de células imperfeitas. As células normais se comunicam eficazmente com seu meio ambiente para determinar suas dimensões ótimas e sua taxa de reprodução, ao contrário do que acontece com a comunicação e a auto-organização das células malignas. Em conseqüência disso, crescem mais do que as células saudáveis e reproduzem-se a esmo. Além disso, a coesão normal entre as células pode se enfraquecer, e então as células malignas desprendem-se da massa original e viajam para outras partes do corpo, formando novos tumores — o que é conhecido como metástase.
Num organismo saudável, o sistema imunológico reconhece as células anormais e as destrói, ou, pelo menos, as mantém cercadas para que não possam propagar-se. Mas se, por alguma razão, o sistema imunológico não é suficientemente forte, a massa de células defeituosas continua a crescer. O câncer não é, portanto, um ataque vindo do exterior, mas um colapso interno.
Os mecanismos biológicos do crescimento canceroso deixam claro que a busca de suas causas tem que caminhar em duas direções. Por um lado, precisamos saber a causa da formação de células cancerosas; por outro, precisamos entender a causa do enfraquecimento do sistema imunológico do corpo.
Muitos pesquisadores chegaram à conclusão, ao longo dos anos, de que as respostas a ambas essas questões consistem numa complexa rede de fatores genéticos, bioquímicos, ambientais e psicológicos interdependentes. Com o câncer, mais do que com qualquer outra doença, a tradicional prática biomédica de associar urna doença física a uma causa física específica não é apropriada. Mas como a maioria dos pesquisadores ainda trabalha dentro da estrutura biomédica, eles acham o fenômeno do câncer extremamente desconcertante.
Simonton assinalou: "O tratamento do câncer encontra-se hoje num estado de total confusão. Quase se parece com a própria doença: fragmentado e confuso". E reconhece plenamente o papel das substâncias e influências ambientais cancerígenas na formação de células cancerosas e defendem vigorosamente a implementação de uma política social apropriada para eliminar esses riscos para a saúde. Entretanto, concluíram também que nem as substâncias cancerígenas, nem a radiação ou a predisposição genética fornecem, por si e em si mesmas, uma explicação adequada para a causa do câncer. Nenhuma explicação para o câncer será completa sem uma resposta para esta questão crucial: o que impede que o sistema imunológico de uma pessoa, num determinado momento, reconheça e destrua células anormais, permitindo, assim, que elas cresçam e se convertam num tumor que ameaça a vida? Esta foi a questão em que se concentraram, em suas pesquisas e na prática terapêutica; e concluí que ela só pode ser respondida desde que sejam considerados, cuidadosamente, os aspectos mentais e emocionais da saúde e da doença.
O quadro emergente do câncer é compatível com o modelo geral de doença sobre o qual estivemos discorrendo. Um estado de desequilíbrio é gerado pelo estresse prolongado, que é canalizado através de uma determinada configuração da personalidade, dando origem a distúrbios específicos. No caso do câncer, as tensões cruciais parecem ser aquelas que ameaçam algum papel ou alguma relação central da identidade da pessoa, ou as que criam uma situação para a qual, aparentemente, não há escapatória.
Numerosos estudos sugerem que essas tensões críticas ocorrem tipicamente de seis a dezoito meses antes do diagnóstico do câncer. Elas são passíveis de gerar sentimentos de desespero, impotência e desesperança. Em virtude desses sentimentos, uma doença grave e até a morte podem tornar-se consciente ou inconscientemente aceitáveis como solução potencial.
Simonton e outros pesquisadores desenvolveram um modelo psicossomático de câncer que mostra como os estados psicológicos e físicos colaboram na instalação da doença. Embora muitos detalhes desse processo ainda precisem ser esclarecidos, tornou-se evidente que o estresse emocional tem dois efeitos principais: inibe o sistema imunológico do corpo e, ao mesmo tempo, acarreta desequilíbrios hormonais que resultam num aumento de produção de células anormais. Assim, estão criadas as condições ótimas para o crescimento do câncer. A produção de células malignas é incentivada precisamente na época em que o corpo é menos capaz de destruí-las.
No que se refere à configuração da personalidade, os estados emocionais do indivíduo parecem ser o elemento crucial no desenvolvimento do câncer. A ligação entre câncer e emoções vem sendo observada há centenas de anos, existindo hoje provas substanciais do significado de estados emocionais específicos. Estes são o resultado de uma biografia particular que parece ser característica dos pacientes com câncer. Perfis psicológicos de tais pacientes foram estabelecidos por numerosos pesquisadores, alguns dos quais são até capazes de prever a incidência do câncer com notável precisão, com base nesses perfis.
Estudados mais de quinhentos pacientes com câncer e identificou os seguintes componentes significativos em suas biografias: sentimentos de isolamento, abandono e desespero durante a juventude, quando relações interpessoais intensas parecem ser difíceis ou perigosas; uma relação forte com uma pessoa ou grande satisfação com um papel no início da idade adulta, tornando-se o centro da vida do indivíduo; perda da relação ou do papel, resultando em desespero; interiorização do desespero, a ponto de os indivíduos serem incapazes de deixar outras pessoas saberem quando eles se sentem magoados, coléricos ou hostis. Esse padrão básico foi confirmado como típico de pacientes com câncer por numerosos pesquisadores.
A abordagem Simonton afirma que o desenvolvimento do câncer envolve um certo número de processos psicológicos e biológicos interdependentes, que esses processos podem ser reconhecidos e compreendidos, e que a seqüência de eventos que leva à doença pode ser invertida de modo a que o organismo se torne
saudável novamente. Tal como em qualquer terapia holística, o primeiro passo no sentido de se iniciar o ciclo de cura consiste em conscientizar os pacientes do contexto mais amplo de sua enfermidade. O estabelecimento do contexto do câncer começa por se solicitar aos pacientes que identifiquem as principais tensões que ocorreram em sua vida de seis a dezoito meses antes do diagnóstico. A lista dessas tensões é, então, usada como base para se analisar a participação dos pacientes no desencadeamento de sua enfermidade. O objetivo do conceito de participação do paciente não é suscitar um sentimento de culpa, mas criar a base para a inversão do ciclo de processos psicossomáticos que culminaram na doença.
Enquanto Simonton estabelece o contexto da enfermidade de um paciente, eles também fortalecem sua crença na eficácia do tratamento e na potência das defesas do corpo. O desenvolvimento dessa atitude positiva é crucial para todo o tratamento. Estudos realizados mostraram que a resposta do paciente ao tratamento depende mais de sua atitude do que da gravidade da doença. Uma vez gerados os sentimentos de esperança e expectativa, o organismo traduz esses sentimentos em processos biológicos, que começam a restaurar o equilíbrio e a revitalizar o sistema imunológico, utilizando os mesmos caminhos que foram usados no desenvolvimento da doença. A produção de células cancerosas decresce, enquanto o sistema imunológico se torna mais forte e mais eficiente para lidar com elas. Enquanto ocorre esse fortalecimento, a terapia física é usada em conjunto com a abordagem psicológica, a fim de ajudar o organismo a destruir as células malignas.
O Simonton vê o câncer não como um problema meramente físico, mas como um problema da pessoa como um todo. Assim, a terapia por eles adotada não se concentra exclusivamente na doença, mas ocupa-se do ser humano total. É uma abordagem multidimensional que envolve várias estratégias de tratamento planejadas para iniciar e dar apoio ao processo psicossomático de cura. No nível biológico, a finalidade é dupla: destruir as células cancerosas e revitalizar o sistema imunológico.
Além disso, usa-se o exercício físico regular para reduzir a tensão, aliviar a depressão e ajudar os pacientes a manter um contato mais estreito com seu próprio corpo. A experiência mostrou que os pacientes com câncer são capazes de uma atividade física muito maior do que a maioria das pessoas supõe.
A principal técnica de fortalecimento do sistema imunológico é um método de relaxamento e de formação de imagens mentais que os Simontons desenvolveram quando perceberam o importante papel das imagens visuais e da linguagem simbólica no biofeedback. A técnica de Simonton consiste na prática regular de relaxamento e visualização, durante a qual o câncer e a ação do sistema imunológico são descritos na própria linguagem simbólica do paciente. Comprovou-se que essa técnica é um instrumento extremamente eficiente para fortalecer o sistema imunológico, freqüentemente resultando em reduções espetaculares ou na eliminação de tumores malignos. Além disso, o método de visualização é também uma excelente maneira de os pacientes se comunicarem com seu inconsciente. Simonton vem trabalhando estreitamente com as imagens mentais de seus pacientes e aprenderam que elas dizem muito mais acerca dos sentimentos dos pacientes do que quaisquer explicações racionais.
Embora a técnica de visualização desempenhe um papel central na terapia Simonton, é importante enfatizar que a visualização e a terapia física não são suficientes, por si sós, para curar pacientes com câncer. Segundo Simonton, a doença física é uma manifestação dos processos psicossomáticos subjacentes, que podem ser gerados por vários problemas psicológicos e sociais. Enquanto esses problemas não forem resolvidos o paciente não ficará bom, ainda que o câncer possa temporariamente desaparecer. A fim de ajudarem os pacientes a resolver os problemas que estão na raiz de sua enfermidade, Simonton faz do aconselhamento psicológico e da psicoterapia elementos essenciais de sua abordagem. A terapia tem usualmente lugar em sessões de grupo, nas quais os pacientes encontram apoio e encorajamento mútuos.
Concentra-se nos problemas emocionais, mas não os separa dos padrões mais amplos da vida dos pacientes; assim, inclui geralmente aspectos sociais, culturais, filosóficos e espirituais.
Para a maioria dos pacientes com câncer, o impasse criado pela acumulação de eventos estressantes só pode ser superado se eles mudarem parte de seu sistema de crenças. A terapia de Simonton mostra-lhes que sua situação parece irremediável apenas porque eles a interpretam de uma forma que limita suas respostas. Os pacientes são encorajados a explorar interpretações e respostas alternativas a fim de encontrarem um modo saudável de resolver a situação estressante. Assim, a terapia envolve um exame contínuo do sistema de crenças e da visão de mundo dos pacientes.”
Fonte O Ponto de Mutação – Fritjof Capra

MÉDICOS, ASSISTÊNCIA À SAÚDE E PACIENTE


De acordo com o modelo biomédico, somente o médico sabe o que é importante para a saúde do indivíduo, e só ele pode fazer qualquer coisa a respeito disso, porque todo o conhecimento acerca da saúde é racional, científico, baseado na observação objetiva de dados clínicos. Assim, os testes de laboratório e a medição de parâmetros físicos na sala de exames são geralmente considerados mais importantes para o diagnóstico do que a avaliação do estado emocional, da história familiar ou da situação social do paciente.
A autoridade do médico e sua responsabilidade pela saúde do paciente fazem-no assumir um papel paternal. Ele pode ser um pai benévolo ou um pai ditatorial, mas sua posição é claramente superior à do paciente. (...)
No sistema atual de assistência à saúde, os médicos desempenham um papel ímpar e decisivo nas equipes que se encarregam das tarefas de assistência aos pacientes. É o médico quem encaminha os pacientes para o hospital e os manda de volta para casa, é ele quem solicita as análises e radiografias, quem recomenda uma cirurgia e receita medicamentos. O pessoal de enfermagem, embora seja com freqüência altamente qualificado, como os terapeutas e os sanitaristas, é considerado mero auxiliar dos médicos e raramente pode usar todo o seu potencial. Em virtude da estreita concepção biomédica de doença e dos padrões patriarcais de poder no sistema de assistência à saúde, o importante papel que as enfermeiras desempenham no processo de cura, através do contato com os pacientes, não é plenamente reconhecido. Graças a esse contato, as enfermeiras adquirem freqüentemente um conhecimento muito mais amplo do estado físico e psicológico dos pacientes do que os médicos, mas esse conhecimento é considerado menos importante do que a avaliação, "científica" do médico, baseada em testes de laboratório. Fascinada pela mística que cerca a profissão médica, nossa sociedade conferiu aos médicos o direito exclusivo de determinarem o que constitui a doença, quem está doente e quem não está, e os procedimentos com relação ao indivíduo enfermo. Muitos outros profissionais, como os homeopatas, os quiropráticos e os herbanários, cujas técnicas terapêuticas são baseadas em modelos conceituais diferentes, mas igualmente coerentes, foram legalmente excluídos do ramo principal da assistência à saúde.
Embora os médicos disponham de considerável poder para influenciar o sistema de assistência à saúde, eles também estão muito condicionados por esse sistema. Como seu treinamento é substancialmente orientado para a assistência hospitalar, eles se sentem mais à vontade, em casos duvidosos, quando seus pacientes estão no hospital, e, como recebem muito pouca informação idônea acerca de medicamentos de fontes não-comerciais, tendem a ser excessivamente influenciados pela indústria farmacêutica.
Entretanto, os aspectos essenciais da assistência contemporânea à saúde são determinados pela natureza da educação médica. Tanto a ênfase na tecnologia de equipamentos como o uso excessivo de medicamentos e a prática da assistência médica centralizada e altamente especializada têm sua origem nas escolas de medicina e nos centros médicos acadêmicos. Qualquer tentativa de mudar o sistema atual de assistência à saúde terá de começar, portanto, pela mudança no ensino da medicina.
(...)
Sob o impacto do Relatório Flexner, a medicina científica voltou-se cada vez mais para a biologia, tornando-se mais especializada e concentrada nos hospitais. Os especialistas passaram a substituir os clínicos-gerais, como professores, tornando-se os modelos para os aspirantes a médicos. Em fins da década de 40, os estudantes de medicina dos centros médicos universitários não tinham quase nenhum contato com médicos que exerciam a clínica geral; e, como seu treinamento tinha lugar, cada vez mais, dentro de hospitais, eles estavam efetivamente afastados do contato com a maioria das enfermidades com que as pessoas se defrontam em sua vida cotidiana. Tal situação persiste até hoje. Enquanto dois terços das queixas registradas na prática médica cotidiana envolvem enfermidades menos importantes e de breve duração, que usualmente têm cura, e menos de 5 por cento das doenças graves envolvem uma ameaça à vida, essa proporção é invertida nos hospitais universitários. Assim, os estudantes de medicina têm uma visão distorcida da enfermidade. Sua principal experiência envolve apenas uma porção minúscula dos problemas comuns de saúde, e esses problemas não são estudados no seio da comunidade, onde seu contexto mais amplo poderia ser avaliado, mas nos hospitais, onde os estudantes se concentram exclusivamente nos aspectos biológicos das doenças. Por conseguinte, internos e residentes adquirem um notório desdém pelo paciente ambulatorial — a pessoa que os procura andando com suas próprias pernas e lhes apresenta queixas que usualmente envolvem problemas tanto emocionais quanto físicos —, e eles acabam por considerar o hospital um lugar ideal para a prática da medicina especializada e tecnologicamente orientada.
Uma geração atrás, mais de metade de todos os médicos eram clínicos-gerais; agora, mais de 15 por cento são especialistas, limitando sua atenção a um grupo etário, doença ou parte do corpo bem determinados. (...)
Quanto à assistência primária, o problema não é só o reduzido número de clínicos-gerais, mas também a abordagem da assistência ao paciente, freqüentemente restringida pelo treinamento fortemente tendencioso nas escolas de medicina. A tarefa do clínico-geral requer, além do conhecimento científico e da habilidade técnica, bom senso, compaixão e paciência, o dom de dispensar conforto humano e devolver a confiança e a tranqüilidade ao paciente, sensibilidade no trato dos problemas emocionais do paciente e habilidades terapêuticas na condução dos aspectos psicológicos da enfermidade. Essas atitudes e habilidades não são geralmente enfatizadas nos atuais programas de treinamento médico, nos quais a identificação e o tratamento de uma doença específica se apresentam como a essência da assistência médica. Além disso, as escolas de medicina promovem vigorosamente um sistema de valores "machista", desequilibrado, desprezando qualidades como a intuição, a sensibilidade e a solicitude, em favor de uma abordagem racional, agressiva e competitiva. (...) Por causa desse desequilíbrio, os médicos consideram amiúde uma discussão empática de questões pessoais inteiramente desnecessária; os pacientes, por sua vez, tendem a vê-los como indivíduos frios e hostis, queixando-se de que o médico não entende as preocupações que os afligem.
Nossos centros médicos universitários têm como finalidade não só o treinamento, mas a pesquisa. Tal como no caso do ensino da medicina, a orientação biológica também é substancialmente favorecida no patrocínio e na concessão de verbas para projetos de pesquisa. Embora as pesquisas epidemiológicas, sociais e ambientais sejam, freqüentemente, muito mais úteis e eficientes na melhoria da saúde humana do que a estrita abordagem biomédica, projetos dessa espécie são pouco incentivados e sofrivelmente financiados. A razão dessa resistência não é meramente o forte atrativo conceituai do modelo biomédico para a maioria dos pesquisadores, mas também sua vigorosa promoção pelos vários grupos de interesses na indústria da saúde.
Embora exista um descontentamento generalizado em relação à medicina e aos médicos, a maioria das pessoas não se apercebe de que uma das principais razões do atual estado de coisas é a exígua base conceituai da medicina. Pelo contrário, o modelo biomédico é geralmente aceito, estando seus princípios básicos tão enraizados em nossa cultura que ele se tornou até o modelo popular dominante de doença. A maioria dos pacientes não entende muito bem a complexidade de seu organismo, pois foram condicionados a acreditar que só o médico sabe o que os deixou doentes e que a intervenção tecnológica é a única coisa que os deixará bons de novo. Essa atitude pública torna muito difícil para os médicos progressistas mudarem os modelos atuais de assistência à saúde. Vários que tentam explicar aos pacientes seus sintomas, relacionando a enfermidade com seus hábitos de vida, mas que acabam por perceber que tal abordagem não satisfaz a nenhum dos seus pacientes. Eles querem alguma outra coisa, e, com freqüência, não se contentam enquanto não saem do consultório médico com uma receita na mão. Muitos médicos fazem grandes esforços para mudar a atitude das pessoas a respeito da saúde, para que elas não insistam em que lhes seja receitado um antibiótico quando estão com um resfriado, mas o poder do sistema de crenças dos pacientes faz com que esses esforços sejam freqüentemente baldados. Contou-me um clínico-geral: "Apresentou-se a mim uma mãe trazendo uma criança com febre e disse: 'Doutor, dê-lhe uma injeção de penicilina'. Então eu lhe disse: 'A senhora não entende que a penicilina não pode ajudar nesse caso?' E ela respondeu: 'Que espécie de médico é o senhor? Se não quiser dar a injeção, procuro outro médico'".
Hoje em dia, o modelo biomédico é muito mais do que um modelo. Na profissão médica, adquiriu o status de um dogma, e para o grande público está inextricavelmente vinculado ao sistema comum de crenças culturais. Para suplantá-lo será necessário nada menos que uma profunda revolução cultural. E tal revolução é imprescindível se quisermos melhorar, ou mesmo manter, nossa saúde. As deficiências de nosso sistema atual de assistência à saúde — em termos de custos, eficácia e satisfação das necessidades humanas — estão ficando cada vez mais notórias e são cada vez mais reconhecidas como decorrentes da natureza restritiva do modelo conceitual em que se baseia. (...) Os pesquisadores médicos precisam entender que a análise reducionista do corpo-máquina não pode fornecer-lhes uma compreensão completa e profunda dos problemas humanos. A pesquisa biomédica terá que ser integrada num sistema mais amplo de assistência à saúde, em que as manifestações de todas as enfermidades humanas sejam vistas como resultantes da interação de corpo, mente e meio ambiente, e sejam estudadas e tratadas nessa perspectiva abrangente.
A adoção de um conceito holístico e ecológico de saúde, na teoria e na prática, exigirá não só uma mudança radical conceitual na ciência médica, mas também uma reeducação maciça do público. Muitas pessoas aderem obstinadamente ao modelo biomédico porque receiam ter seu estilo de vida examinado e ver-se confrontadas com seu comportamento doentio. Em vez de enfrentarem tal situação embaraçosa e freqüentemente penosa, insistem em delegar toda a responsabilidade por sua saúde ao médico e aos medicamentos. Além disso, como sociedade, somos propensos a usar o diagnóstico médico como cobertura para problemas sociais. Preferimos falar sobre a "hiperatividade" ou a "incapacidade de aprendizagem" de nossos filhos, em lugar de examinarmos a inadequação de nossas escolas; preferimos dizer que sofremos de "hipertensão" a mudar nosso mundo supercompetitivo dos negócios; aceitamos as taxas sempre crescentes de câncer em vez de investigarmos como a indústria química envenena nossos alimentos para aumentar seus lucros. Esses problemas de saúde extrapolam os limites das preocupações da profissão médica, mas são colocados em foco, inevitavelmente, assim que procuramos seriamente ir além da assistência médica atual.
Ora, só será possível transcender o modelo biomédico se estivermos dispostos a mudar também outras coisas; isso estará ligado, em última instância, a uma completa transformação social e cultural.
Por Fritjof Capra 
Fonte Extraído do Livro "O Ponto de Mutação"

ASSISTÊNCIA SOCIAL À SAÚDE


Um futuro sistema de assistência à saúde consistirá, em primeiro lugar e acima de tudo, num sistema abrangente, efetivo e bem integrado de assistência preventiva. A manutenção da saúde será, em parte, uma questão individual e, em parte, uma questão coletiva, estando as duas, a maior parte do tempo, intimamente interligadas.
(...) 
"Assistência social à saúde" parece ser um termo apropriado para os programas e atividades coletivos dedicados à manutenção e à promoção da saúde.
A assistência social à saúde terá duas partes básicas — a educação para a saúde e a política da saúde —, as quais devem ser empreendidas simultaneamente e em estreita coordenação. O objetivo da educação para a saúde será fazer com que as pessoas entendam como seu comportamento e seu meio ambiente afetam sua saúde e ensiná-las a enfrentar o estresse em sua vida cotidiana. Programas abrangentes que enfatizem a educação sanitária podem ser integrados no sistema escolar e considerados de importância vital. Ao mesmo tempo, podem ser acompanhados de campanhas de educação sobre saúde pública através dos veículos de comunicação de massa, para contra-atacar os efeitos perniciosos da publicidade de produtos e estilos de vida nocivos.
Um importante objetivo da educação sanitária será o de estimular a responsabilidade das grandes companhias. A comunidade empresarial precisa aprender muito mais sobre os riscos para a saúde resultantes de seus métodos de produção e de seus produtos. Terá que se preocupar e tomar providências quanto à saúde pública, tomar consciência dos custos para a manutenção da saúde gerados por suas atividades e formular uma política empresarial que esteja de acordo com esses objetivos.
Na área da saúde, a política a ser adotada pelo governo em vários níveis de administração consistirá numa legislação que estabeleça condições para a prevenção de doenças acompanhada também de uma política social que garanta as necessidades básicas das pessoas. As sugestões seguintes incluem algumas das muitas medidas necessárias visando assegurar um meio ambiente que encoraje e torne possível às pessoas levar um tipo de vida mais saudável:

• Restrições a toda publicidade de produtos prejudiciais à saúde.
• "Impostos de assistência à saúde" sobre indivíduos e empresas que gerem riscos para a saúde, a fim de que cubram os custos médicos que inevitavelmente decorrem desses riscos; por exemplo, poderiam ser taxadas as empresas que causam poluição de vários tipos; poder-se-ia, também, cobrar impostos progressivos sobre bebidas alcoólicas, cigarros que contêm alcatrão e alimentos supérfluos e artificiais.
• Programas de ação social para melhorar a educação, os níveis de emprego, os direitos civis e a situação econômica de grande número de pessoas empobrecidas; essa política social é também uma política de saúde, pois afeta não só os indivíduos envolvidos,
como também a saúde da sociedade como um todo.
• Desenvolvimento progressivo dos serviços de planejamento familiar, aconselhamento familiar, centros de assistência diurna, etc; isso pode ser encarado como assistência preventiva à saúde mental.
• Desenvolvimento de uma política nutricional que forneça incentivos à indústria para produzir mais alimentos nutritivos, incluindo restrições aos artigos oferecidos em máquinas automáticas, e especificações nutricionais para os alimentos servidos em escolas, hospitais, prisões, cantinas de repartições públicas etc.
• Legislação para apoiar e desenvolver métodos orgânicos de lavoura.

Um estudo cuidadoso dessas políticas sugeridas mostra que qualquer delas requer, em última análise, um diferente sistema social e econômico para que seja bem sucedida. Não seremos capazes de aumentar, ou mesmo de manter, nossa saúde se não adotarmos profundas mudanças em nosso sistema de valores e em nossa organização social.
"Nossa prática diária com padecimentos humanos tornou-nos profundamente conscientes de que os problemas de má saúde decorrem, em grande parte, de falhas em nossas instituições políticas, econômicas e sociais.
Nossas instituições atuais de assistência à saúde baseiam-se na estreita abordagem biomédica para o tratamento de doenças, e estão organizadas de um modo tão fragmentado que se tornaram sumamente ineficazes e inflacionárias.
Precisamos de um sistema de assistência à saúde que seja receptivo e bem integrado, que preencha as necessidades dos indivíduos e das populações.

The Turning Point - 1982 Fritjjof Capra

12 MANEIRAS DE ENXUGAR O ORÇAMENTO PARA ONTEM

Passos fáceis e simples são suficientes para tornar um orçamento apertado mais saudável

Em tempos de “vacas magras”, cortar gastos é essencial para aliviar os orçamentos que ficaram mais apertados. E a boa notícia é que com medidas muito simples é possível enxugar o orçamento. Algumas dicas para gastar menos e até obter uma renda extra para aliviar o bolso.

Vender coisas que você não usa
Na maioria das casas sempre há uma roupa no armário que não é usada há algum tempo, assim como aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos que servem apenas para ocupar espaço. Para obter uma renda a mais, basta vendê-las.
Para o consultor financeiro Mauro Calil, o acúmulo de objetos inutilizados indica que as compras foram feitas de forma impulsiva ou que foram tomadas decisões erradas. “Por isso, o consumidor deve ter cuidado para não vender tudo e ocupar o espaço a mais com compras desnecessárias novamente”, diz.
Escolher o que pode ser vendido, portanto, é uma boa maneira de rever hábitos de consumo. E não há mais desculpas para não se desapegar de objetos que não são mais usados. Em uma rápida busca pela internet, é possível encontrar diversos sites e lojas que compram itens usados.

Gastar menos com refeições fora de casa
Comer fora costuma estar entre os maiores custos do orçamento, diz Calil. “Gastar 30 reais para jantar durante uma semana pode ser equivalente a passar duas semanas comendo em casa”, diz.
Portanto, mudar hábitos e buscar ao máximo comer em casa, e também levar lanches para o trabalho, pode fazer uma grande diferença no bolso.
As compras no supermercado também exigem atenção. A simples troca de uma marca por outra mais barata pode gerar economias no fim do mês.
“Há quem defenda que uma marca é a melhor como se fosse funcionário da empresa. Existem muitas ações de marketing que são feitas durante muitos anos e dão a percepção de que o produto é melhor. Isso pode não ser verdade”, diz Calil.

Eliminar gastos supérfluos
Calil define gastos supérfluos como toda compra que não traz um benefício permanente ou ao menos duradouro.
Ele cita como exemplos o cafezinho, um balde de pipoca no cinema (que pode sair mais caro do que o tíquete para assistir ao filme) e brinquedos comprados para os filhos que são usados duas vezes e depois ficam encostados.
Acumulados, esses pequenos gastos pressionam o orçamento e precisam ser controlados.
A ideia não é deixar os gastos com lazer de lado, mas usar o dinheiro de forma mais inteligente. “Em vez de ir frequentemente a bares com amigos, por que não convidá-los para encontros em casa, onde a bebida e comida sairá mais em conta?”, diz Calil.

Reduzir o pacote de TV a cabo ou o plano do celular
Serviços que são pouco utilizados não precisam ser necessariamente cancelados, mas seus custos podem ser reduzidos.
Se não há tempo para ver todos os canais oferecidos pela TV a cabo, talvez seja a hora de repensar e escolher um pacote que ofereça menos opções de canais.
Se o consumidor acessa a internet pelo celular por mais tempo do que o plano contratado permite, por que não escolher um plano que seja mais adequado ao deu perfil de uso? Com certeza sairá mais barato do que pagar por mais dados de forma avulsa.
Calil cita o caso de um casal que tinha seis pontos de TV a cabo em casa: na sala, quartos, cozinha e até na churrasqueira. “Não faz sentido pagar a mais por uma comodidade que dificilmente será utilizada de forma completa”.

Consumir de forma consciente
Hábitos de consumo conscientes, além de protegerem o meio ambiente, também aliviam o bolso.
Se o imóvel tem goteiras ou vazamentos, pode ser a hora de consertar. A dica também vale para reduzir gastos com eletricidade, diminuir o tempo do banho, entre outros.
O consumo com consciência também passa pela eliminação de desperdícios de alimentos e outros produtos com prazo de validade, como cosméticos. Para isso, basta comprar apenas o necessário.

Dividir o aluguel e as contas
Encontrar alguém para dividir o imóvel, seja um parente, amigo ou conhecidos, pode representar um alívio significativo no orçamento pessoal.
Para quem não quer perder a privacidade, a opção pode ser mudar para um imóvel que tenha um aluguel mais barato, localizado em um bairro com preço do metro quadrado mais em conta.

Buscar uma renda extra
Trabalhar horas extras, fazer freelancers e até transformar hobbies em “bicos” remunerados são iniciativas que ajudam a lidar com um orçamento mais apertado.
Há também a opção de alugar quartos para viajantes. Matéria anteriormente publicada em EXAME.com mostrou que a renda extra mensal com o aluguel de um quarto pode superar facilmente a casa dos milhares de reais. Se o imóvel estiver localizado em uma cidade turística, a chance de ganhar dinheiro é ainda maior.

Revisar preços de seguros e tarifas do banco
Seguros e tarifas bancárias são custos fixos que têm grande impacto no orçamento mensal. Portanto, devem receber atenção especial quando o tema é enxugar gastos.
Para isso, basta pesquisar se outros bancos e seguradoras estão oferecendo preços menores pelos mesmos serviços. É recomendável realizar essa pesquisa periodicamente.
No caso de tarifas cobradas pelo cartão de crédito, apenas um telefonema para o banco pode fazer com que as taxas sejam negociadas. “Os descontos podem ser enormes”, diz Calil. Quem usa muito os serviços costuma ter mais poder para barganhar custos menores.

Reduzir os juros das dívidas
Para quem está no vermelho, migrar os débitos para empréstimos com taxas de juros menores permite economizar e, consequentemente, quitar a dívida com maior rapidez.
A dica vale principalmente para quem costuma entrar no cheque especial, cujas taxas de juros costumam ser as maiores do mercado. Nesse caso, basta ligar para o gerente do banco e solicitar a migração da dívida para uma modalidade de crédito mais barata, como o crédito consignado.
Por Marília Almeida
Fonte Exame.com

DIFICULDADE DE ACORDAR

Dificuldade de acordar pode ter relação com gene do relógio biológico

Por Marcos Muniz

THE WORKING WEEK

MEU CONTROLE

BOM DIA, DEUS!

ENQUANTO VOCÊ DORMIA...

quarta-feira, 27 de março de 2024

REALIDADE BRASILEIRA

FRASE COM 2054 ANOS

 

FILOSOFIA DE PLATÃO

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

PESSOAS VIOLENTAS

 

COMO SER UM BOM ADVOGADO? 4 HABILIDADES PARA SE DESTACAR NA PROFISSÃO


Como ser um bom advogado? É uma simples resposta, mas repleta de significados comportamentais. É certo que o Direito evolui a cada dia e, consequentemente, nós advogados precisamos também evoluir, adaptar, construir, desconstruir e reconstruir novos conceitos em um ecossistema jurídico de rupturas. Ou seja, para se tornar um bom advogado é preciso uma combinação explosiva de algumas habilidades.
Essa nova forma de construir a carreira jurídica veio para ficar. Escritórios de advocacia (pequenos, médios ou grandes) e departamentos jurídicos não são criados como antigamente. Contratos de honorários advocatícios não se promovem como nos velhos tempos.
Ao pensar em “grandes escritórios de advocacia”, as imagens que nos surgem são de espaços luxuosos, pesadas estruturas, ambientes formais, hierárquicos e burocráticos. Existem exceções, claro, mas esse é o estereótipo da maioria dos escritórios de advocacia de sucesso do passado.

Então, como ser um bom advogado atualmente?
Hoje, ser um bom advogado não está relacionado a ter uma infraestrutura pesada e cara. Ao contrário, muitos profissionais constroem modelos de escritórios leves e informais, sem perder, obviamente, a postura ética, transparente e de estrita confiança para com o seu cliente.
Esses novos presentes e futuros “bons advogados” desafiam os padrões engessados dos tradicionais escritórios de advocacia e de outros ambientes onde eles estão inseridos.Advogados empreendedores de sucesso formam, hoje, uma verdadeira combinação explosiva de comportamentos e atitudes sem precedentes. É um ecossistema único e transformador. Um formato difícil de parar e de competir. Isso acontece por alguns motivos, mas, sobretudo pelos seguintes aspectos:

1. Visão empreendedora
Advogados empreendedores visionários afrontam e questionam padrões existentes. Não se conformam, querem mudar o mundo, quebrar paradigmas, transformar a sociedade. Não estão dispostos a seguir regras pré-definidas, pois se assim o fosse inovariam dentro dos escritórios de advocacia existentes, onde seriam muito bem pagos e acessariam recursos para novos investimentos. O que querem, entretanto, é transformar velhos padrões em novas oportunidades de crescimento. Afinal, ser um bom advogado é estar ávido por inovação, mudanças e crescimento.

2. Conhecimento técnico
A capacidade técnica é condição fundamental e inerente à formação de um profissional.Sem ela, você não irá muito longe! Os profissionais do presente e do futuro devem ser capazes de construir um sólido conhecimento do Direito. A característica que os destaca da grande maioria é a vontade de dominar o assunto jurídico para o qual se propuseram a estudar. E ao serem brilhantes profissionais (leia-se: estudiosos natos), esses profissionais naturalmente vão se aproximar de pessoas interessadas em contratar os seus serviços jurídicos.

3. Investimento
Bons advogados são ousados e dispostos a correr riscos e a investir em novas ideias, áreas, mercados jurídicos, promoção de suas imagens pessoal e profissional, assessoria de imprensa, marketing, materiais de divulgação. Advogados visionários conhecem o potencial de retorno sobre os seus investimentos e por isso investem. É esse respaldo financeiro que promove e “retroalimenta” as carreiras dos advogados empreendedores e os retira do anonimato. Faz, portanto, um recém advogado competir de igual para igual com qualquer advogado, tipo e tamanho de Escritório de Advocacia.

4. Tempo
O tempo pode funcionar como aliado ao advogado. É ter a ideia que a advocacia não é uma corrida de cem metros rasos, mas, sim, uma maratona. Ou seja, ela é árdua, difícil, cansativa, tortuosa, entretanto, se o bom advogado tiver paciência, o final é recompensador. Tente!

Que tal sair da zona de conforto?
É por essas razões que eu pontuei então, que os advogados modernos, que vislumbram o crescimento e se preparam para isso efetivamente crescem. Não é crescer sem ação, sem planejamento, sem foco. É crescer para um caminho definido, certo, atingível. É a pessoa sempre se questionar: qual advogado quero ser?

Advogado inerte ou dinâmico?
Fatalmente se você escolher ser um advogado inerte terá excelentes ideias para o seu escritório de advocacia, mas não crescerá por falta de implementação e execução. Ideias sem ações, são sonhos mortos.
Agora se você quer ser um advogado dinâmico, empreendedor, proativo, eficiente; o seu escritório de advocacia será único. As suas ideias aliadas a sua execução o farão construir uma grande marca jurídica.
O bom advogado tem a visão empreendedora e luta, sempre, pelo direito do seu cliente aliado, claro, ao resultado positivo como fator de crescimento da marca jurídica.
Por isso, avalie as suas competências, habilidades, talentos e paixões. Advogar porque ama é essencial na sua vida e na do seu cliente. Torne-se você um bom, exímio e excelente advogado.
Por Emiliano Landin
Fonte Aurum

DECISÃO E AÇÃO: A CHAVE DO SUCESSO OU DO FRACASSO


As pessoas nem sempre têm consciência de que, quer queiram ou não, estão sempre decidindo, pois não decidir já é uma decisão. Logo pela manhã já decidimos se queremos que o nosso dia seja AAA (ameno, agradável, apaixonante) ou DDD (difícil, desagradável, depressivo). Decisão é uma escolha entre alternativas e tudo o que se faz na vida é uma alternativa. Assim, por exemplo, a roupa que você está vestindo agora é uma alternativa e o mesmo vale para o que você vai fazer hoje. E para reforçar o que estamos escrevendo, vamos citar Peter Drucker: “O produto final do trabalho de um administrador são decisões e ações”. Assim, devemos considerar que:
• É nos momentos de decisão que o nosso destino é definido;
• São as nossas decisões e não as condições de nossa vida que moldam o nosso destino;
• Você começa a mudar a sua existência no momento que toma uma nova decisão. Você deve saber que a qualquer momento uma decisão pode mudar o curso de sua vida para sempre;
• Na grande maioria, são as pequenas decisões ao longo do caminho que fazem com que as pessoas fracassem;
• A verdadeira decisão importa em ação.

Se estamos sempre decidindo, é importante saber que decisões devemos tomar. Existem 5 que são fundamentais:

1) Decidir sobre o que queremos, nossas metas e sonhos
Quais sãos os nossos objetivos em todas as áreas da nossa vida, como profissional, afetiva saúde, financeira, contribuição?

2) Decidir sobre o que precisa ser feito e fazer o que precisa ser feito
Não adianta ter objetivos se não houver ação. Uma pesquisa feita pelo psicólogo Richard Wiseman sobre as promessas de fim de ano constatou que aproximadamente 78% das pessoas acabam não cumprindo suas promessas de fim de ano. Portanto, cabe uma pergunta: o que você fez ou está fazendo hoje está levando na direção dos seus objetivos? O fato é que se o que você fez ou estiver fazendo hoje não levar na direção dos seus objetivos, os seus sonhos não passam de ilusão. E é sempre bom lembrar o que diz John Whitmore: “Eu só posso controlar aquilo de que tenho consciência. O que não tenho consciência me controla. A consciência me fortalece”;

3) Decidir e desenvolver as competências necessárias 
E este é um assunto da maior relevância que muitas vezes é mal compreendido ou compreendido superficialmente. Portanto, vamos nos deter um pouco mais neste tópico. Existem 3 competências que são fundamentais, sobretudo para um administrador, que são: processo decisório/solução de problemas, negociação e desenvolvimento de equipe/comportamento em pequenos grupos. É sempre bom enfatizar que processo decisório é a competência das competências, já que tudo na vida importa em decisão e ação. O fato é que aquilo que somos hoje é consequência das decisões e ações do nosso passado e o que seremos amanhã, das decisões e ações do presente.

Negociação é outra competência indispensável, pois passamos mais de 50% do nosso tempo negociando. Mas também deve ser entendido que para negociar bem existem algumas competências de apoio, como comunicação. Desenvolvimento de equipe é outra competência da maior relevância, pois as equipes são parte essencial do modo de se estruturar uma organização e de se fazer negócios. Um estudo sobre as 500 Mais da revista Fortune revela que 80% das empresas listadas adotaram o trabalho em equipes, pois equipes bem desenvolvidas são capazes de melhorar o desempenho dos indivíduos e são o fundamento da sinergia organizacional. Quando as organizações se reestruturam para competir, de forma mais eficaz e eficiente, elas escolhem equipes como maneira de melhor utilizar os talentos de seus funcionários/colaboradores.
As equipes são mais flexíveis e reagem melhor às mudanças do que os departamentos tradicionais e outras formas de agrupamentos permanentes, pois podem ser rapidamente montadas, organizadas e ajustadas. Isto sem considerar as propriedades motivacionais das equipes, pois elas facilitam a participação nas decisões. Entretanto, equipes despreparadas são a estrada para o fracasso e estão sujeitas a fenômenos como “pensamento grupal” e a coesão baseada em baixas normas de desempenho.

Mais ainda: Devemos considerar as competências sob três óticas que são a competências exigida, para fazer face aos problemas, desafios e oportunidades, a desenvolvida, fruto do nosso esforço de autodesenvolvimento e a acessada, ou seja, a que nós conseguimos utilizar efetivamente. Pesquisas mostram que em função das adversidades, estresse e crenças limitantes, nos momentos de tensão é muito comum não termos acesso à plenitude das nossas competências e recursos e, como consequência, o nosso desempenho pode ficar extremamente prejudicado.
Um outro ponto fundamental é que a competência não se mede pelo que você sabe, mas pelo que você faz. Assim, você pode ler tudo e saber tudo sobre dirigir automóvel, mas mesmo assim ser um barbeiro, ou uma barbeira. Portanto a verdadeira competência se define pelo que está condicionado no seu sistema nervoso. Ou como dizia John Dryden: “Primeiro nós fazemos nossos hábitos. Depois nossos hábitos nos fazem”.

4) Decidir sobre a administração do estado mental e emocional
Existem estados mentais e emocionais fracos/pobres de recursos e ricos de recursos. Não adianta ter competência, pois quando se entra em estado mental e emocional fraco de recursos não se tem acesso aos nossos recursos e competências. É importante identificar as 5 estratégias básicas para a administração do estado mental e emocional que são a cinestésica, a auditiva interna, a auditiva externa, a visual externa e a visual interna.

5) Decidir sobre nossas crenças
Crença é um sentimento de certeza em relação a algo ou sobre o que alguma coisa significa. São as conclusões e generalizações que fazemos a nosso respeito, dos outros e do mundo. Uma vez aceitas, nossas crenças tornam-se ordens inquestionáveis para o sistema nervosos e possuem o poder de expandir ou destruir as possibilidades do nosso presente ou futuro, aja visto o efeito placebo e o feitiço vodu. No caso do efeito placebo, uma pessoa que está comprovadamente doente, toma um remédio, que na verdade é farinha de trigo com açúcar e fica curada. No caso do feitiço vodu, quando uma pessoa acha que foi atingida pelo feitiço entra em depressão profunda e acaba até morrendo.
Um outro exemplo do poder das crenças é o de um halterofilista que pode levantar facilmente 150 quilos, mas se é induzido a um transe hipnótico e recebe o comando de que não consegue levantar uma agulha, efetivamente não consegue levantar uma agulha. Assim, crenças, são como um comando hipnótico que nos fortalecem ou nos fragilizam e também afetam o nosso sistema imunológico, como mostrou Robert Dilts, um expert no assunto. A mãe de Dilts estava com um câncer avançado e considerado incurável pelos médicos. Entretanto, com um intenso trabalha de mudança de crenças sua mãe voltou a ficar completamente saudável.
O fato é que a maioria das pessoas não tem consciência do seu conjunto de crenças e nem da forma como elas impactam no seu desempenho.
Um outro ponto fundamental é que antes da decisão e ação vem a percepção e a compreensão e avaliação. O que deve ser entendido é que a percepção é a chave do comportamento, e aqui vem um equívoco fundamental da maioria das pessoas que acha que aquilo que veem é a realidade. Errado. O que uma pessoa vê é a sua versão da realidade e quem prova isto é Albert Einstein. Assim, se você estiver num trem em movimento de deixar um objeto cair, para você este objeto vai cair numa linha vertical. Entretanto, para que estiver fora do trem, este mesmo objeto vai cair numa linha inclinada ou numa curva. E isto sem considerar a questão dos modelos mentais. Mais ainda: existem dois outros fenômenos importantes de percepção que são a alucinação negativa e a alucinação positiva. A alucinação negativa é quando você olha e não vê. Você já procurou alguma coisa e não encontrou e de repente percebeu que estava na sua frente? Já a alucinação negativa é uma espécie de miragem e ter expectativas absolutamente irrealistas.
Um outro ponto que antecede a decisão e ação é a capacidade de avaliação. Warren Buffet quando perguntado pela razão do seu sucesso respondeu que se devia, em grande parte, à sua capacidade de avaliação. Um dos pontos que mais prejudica a capacidade de avaliação é a da avaliação precipitada e em consequência disto decidir. E é claro que a decisão estará errada. E o passo seguinte é defender a decisão tomada e agir como um torcedor, considerando somente os aspectos positivos da decisão tomada e ignorando todos os pontos negativos que podem ser muito maiores e invalidar a decisão. O fato é que em todos os treinamentos que desenvolvo, seja negociação, excelência de desempenho ou liderança, este é um dos pontos fundamentais que abordo, através de exercícios e simulações que levam a uma compreensão mais profunda da questão e de todas as suas implicações.

Conclusão: O sucesso ou fracasso de qualquer pessoa, não importa quem seja, inclusive Jorge Paulo Lemann, que é o homem mais rico do Brasil e uma das maiores fortunas do mundo, se deve a qualidade das suas decisões e ações. Um outro ponto importante em termos de decisão e ação é quem quer ter sucesso estuda o sucesso. E é sempre bom lembrar de Isaac Newton que quando perguntado pela razão de suas descobertas respondeu: “Eu vi mais longe porque subi em ombros de gigantes”.
Por J.Augusto Wanderley
Fonte Portal Administradores

A RODA DA ABUNDÂNCIA

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terça-feira, 26 de março de 2024

AUTO SABOTAGEM: SINTOMA COMUM ENTRE PROFISSIONAIS

Segundo especialistas, a chamada ‘Síndrome do impostor’ deve ser combatida com transparência

A “Síndrome do impostor” é fenômeno comum em profissionais com alto nível de expectativa quanto a seu desempenho. Eles estão sempre atribuindo seu sucesso a fatores externos, como sorte e bom relacionamento. Sabe aquela velha história do “eu estava no lugar certo, na hora certa, com as pessoas certas”? O que parece postura modesta pode mascarar um sentimento de insegurança que, mal administrado, desencadeia a autossabotagem.
— A síndrome também é chamada de fraude, porque quem sofre se considera uma farsa a ser desmascarada — explica a coach Vera Hirsch Pontes. — Mesmo quando há sorte, é preciso estar preparado para tirar proveito dela.
Segundo Vera, a síndrome foi identificada pela primeira vez nos anos 80, por uma pesquisa de comportamento feminino. O estudo mostrava a dificuldade das mulheres de se apropriarem do próprio sucesso. Mais tarde, diz a coach, descobriu-se que a postura era comum a homens e mulheres.

PROTEÇÃO CONTA INSUCESSOS
Algumas atitudes são sinal de alerta para o que pode vir a se tornar problema. A sobrecarga de trabalho por conta própria é um. Quando o profissional faz muito mais que o escopo de trabalho exige ou quando acha que tem que dominar todos os conhecimentos técnicos.
— Alguns ainda sabotam qualquer ação que precisem exercer, criando obstáculos e questionando possíveis erros, a fim de se proteger em casos de insucesso — explica Eva.
Especialistas estimam que 70% das pessoas, em algum momento da carreira, sofreram ou ainda sofrerão a síndrome do impostor, seja na empresa ou em propostas de mudança de emprego.
— No fundo, todo mundo tem a síndrome. O problema é como lidar com ela — afirma Raphael Falcão, diretor da Hays, empresa de recrutamento de cargos de alta e média gerência, acrescentando que a melhor forma de lidar com ela é através da transparência.
Segundo Falcão, num processo seletivo, é difícil encontrar um profissional com todos os requisitos que o cliente requer. Por isso, o candidato pode e deve indicar, sem drama, que ele não é ainda capaz de atender algumas demandas:
— 97% das empresas estão dispostas a desenvolver as pessoas que contratam.
É uma questão de potencial, explica Eva. A coach diz que ninguém está 100% pronto, mas as pessoas têm características que merecem aposta.
— O mercado está muito exigente, e não há espaço para dúvida, mas o profissional não pode lidar com o problema sozinho. A empresa deve ajudar. Responder “não sei" e buscar feedbacks são uma forma positiva de administrar a síndrome.
Fonte O Globo Online